Pela primeira vez em onze edições, o nosso workshop para influenciadores digitais foi temático. O evento do Redes Cordiais, que aconteceu esta semana, teve como foco a Amazônia. A proposta é que os convidados, unidos pelo ativismo ambiental, se engajem também no combate às fake news e aos discursos de ódio. Foi o terceiro encontro online, em razão da pandemia de covid-19.
O grupo reuniu pessoas de diversas regiões do país envolvidas com o tema: Ângela Mendes, Alexandre Saraiva, Cristian Wari’u, Caetano Scannavino, Gustavo Faleiros, Joyce Cursino, Juliana Lopes, Laila Zaid, Leila Borari, Marcelo Cwerner, Marina Silva, Paulina Chamorro, Txai Suruí e Roberto Kaz.
Até o momento, o Redes Cordiais já treinou quase 200 influenciadores que, juntos, têm mais de 100 milhões de seguidores. Entre os nomes que já estiveram conosco estão Bruna Linzmeyer, Ademara Barros, Antonio Tabet, Cris Vianna, Paolla Oliveira, Renê Silva, Filipe Castanhari, Fernanda Lima, Ana Paula Padrão, políticos da direita e da esquerda e criadores de conteúdo de diferentes áreas e muito diversos entre si.
Os influenciadores contaram sobre sua relação com as redes sociais e como elas podem ser uma ferramenta poderosa para amplificar vozes que antes eram marginalizadas. Leila Borari, indígena e coordenadora da Associação de Mulheres Indígenas Suraras do Tapajós, disse que postar é uma forma de contar o que acontece em seu território, em Alter do Chão, no Pará. “A gente está nas redes sociais para ecoar nossa voz além dos nossos territórios. Para fazer um trabalho de informação e ocupar esse espaço que no estereótipo da população não é dos povos indígenas”.
Além de aprender a se proteger digitalmente com Diego Cerqueira, do Instituto Tecnologia e Sociedade (ITS), o grupo participou de dinâmicas sobre Comunicação Não-Violenta, com o precursor da área no Brasil, Dominic Barter; e entendeu mais sobre as mecânicas da desinformação com a cofundadora do Redes Cordiais Clara Becker.
Ester Borges, pesquisadora do InternetLab e uma das autoras do guia “Falando sobre ataques online e trolls: um guia para jornalistas e criadores de conteúdo na internet”, conduziu uma oficina sobre ataques virtuais. Cada participante recebeu um exemplar do material que explica o fenômeno orienta a como lidar com episódios de violência digital. Na roda de conversa sobre haters e trolls, Guilherme Amado, cofundador do Redes Cordiais, conduziu a dinâmica de relatos sobre ataques de ódio que os participantes sofreram e tirou dúvidas.
O workshop do Redes Cordiais tem apoio do Instituto Betty e Jacob Lafer e do National Endowment for Democracy, além de parceria com Instituto Tecnologia e Sociedade, InternetLab, Pensata e Casé Fala.
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O Redes Cordiais trabalhou em diversas frentes para combater a desinformação e o discurso de ódio durante o período eleitoral
Material tem o apoio do YouTube
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